segunda-feira, 27 de julho de 2009

sobre ser mãe

nunca tive certeza se queria ser mãe. e já tive certeza de que não queria. sempre tive medo das mães. primeiro da minha. medo que se estendeu a muitas outras que conheci. bicho estranho é mãe. ou é boa demais. e assim faz mal aos filhos. ou é ruim demais. e assim faz mal aos filhos. meus olhos secos sempre acham que uma filha está mentindo quando afirma que nunca odiou aquela que lhe pôs no mundo - nem que tenha sido por um instante. porém, o que me impedia o desejo de ser mãe era a vontade de "correr mundo, correr perigo". sempre tive relacionamentos longos e ainda assim cheguei aos 34 anos sem uma prole. não que eu tenha planejado que assim fosse. não deu certo por uma ou outra razão. dolorosas algumas. daí que eu tinha convicção de que se não tivesse filhos não me frustaria. nem mesmo pensava em outras hipóteses como adotar. a imagem mais corriqueira que eu fazia de mim era envelhecendo em uma casa com gatos, livros, cds e alguns poucos amigos que me ligariam e não esperariam por nenhuma ligação minha, sabedores que seriam da minha fobia por telefone. queria envelhecer do modo que eu já vivia e que sempre me pareceu muito bom, muito charmoso, muito poderoso. nunca fui acometida de solidões que me levassem a pensar que eu precisaria de uma família, de um filho.

então Poeminha veio e mudou tudo. assim que eu soube, comecei a chorar. e as primeiras frases que pronunciei foram: "eu não quero ser mãe. eu não quero estar grávida". as do pai foram bonitas e arrebatadas da paixão que agora vivenciamos dia a dia: "não chore, senão ele vai saber que você não quer". eu achei que choraria a manhã inteira, mas para minha surpresa voltei para a cama e adormeci quase de imediato. sono profundo e repousante. e à noite, já sonhava nomes aconchegada nos braços do pai. escrevo sobre estas coisas porque, agora grávida, submeto-me à hidroginástica e a sessões de shiatsu. primeira vez na vida que me entrego aos cuidados de uma técnica oriental. sempre achei admirável. só nunca tive paciência para buscar este tipo de bem-estar que sempre me pareceu artificial. algo do tipo: "se você não é capaz de relaxar sozinha vendo um bom filme, lendo um bom livro, vivendo sua solidão necessária, então pague a um profissional que lhe dê alegria". burrice, claro. porque o corpo precisa de movimento. e é justamente isso que meu corpo mais fala para mim neste momento grávida. poeminha está com os pés "alojados" na minha costela, na posição vertical desde o princípio. dor latente, incômoda, física. e lá me vem a moça do shiatsu com aquelas perguntas de psicólogo de botequim: "você está nervosa? ansiosa? impaciente? você deseja estar grávida?" e eu lá: "não, não, não; sim, muito". e me diz que toda minha energia está represada por alguma contrariedade. e eu me esforço para encontrar a tal contrariedade. e nada. e penso em freud. em lacan. e me pergunto: "será? será que no subconsciente ainda estou com medo de ser mãe?" e penso nestas coisas. na minha mãe. na minha alegria, nos tantos perdões, na tanta leveza que carrego em mim, nos tantos fantasmas. e decido por conta própria que não tenho energia psíquica nenhuma represada. o que tenho é um menino bernardo com os pés nas minhas costelas e uma enorme alegria por ter me enganado. porque estou amando estar grávida, amando a ideia de ser mãe, e cá para nós: como toda mãe, estou convicta de que serei a "melhor do mundo", no que isso tem de bom e tem de medonho.
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sexta-feira, 17 de julho de 2009

auto-biblio-grafia

Eu li em algum lugar que a constituição de uma biblioteca pessoal é uma espécie de autobiografia. Concordo. Na quarta, muitas pessoas, épocas e lugares passearam por mim enquanto eu tentava organizar os livros, já que fim de semestre pede uma boa organização. Deliciosas cinco horas. É como se cada época da minha vida estivesse estampada nas capas, desde as primeiras aquisições. Ao empilhar os de capa dura, lembrei-me do tempo em que só tinha dinheiro para comprar as edições que saíam nas bancas de revistas - Machado quase completo, Mestres da literatura mundial, Mestres da literatura brasileira. Muitos já troquei por edições ou traduções melhores, mas não consigo me desfazer de boa parte deles. Também veio à memória a professora de literatura que deu novo rumo às minhas leituras na época da graduação em Letras. Foi ela quem me apresentou Italo Calvino, Borges, Saramago. E quem me fez querer ler todo Guimarães Rosa e Clarice Lispector. Foi aí que adquiri o hábito de comprar as obras completas de um escritor, se ele me interessasse. Hoje, seleciono mais.

E são inúmeros os livros que adquiri por causa da livreira mais sensacional que tive o prazer de conhecer. Ela tinha uma livraria que levava seu nome - Rose - e também o dom de adivinhar antecipadamente os desejos dos compradores; influenciada por ela comprei quase tudo do Cortazar. E foi ela quem me deu "Cartas a Milena", de Kafka. Foram dias inteiros deitada no chão da livraria bebendo chá, folheando livros, jogando conversa fora, fazendo novos amigos leitores. Nunca mais me senti tão poderosa como naquela época. E não apenas eu. As manhãs de sábado nunca mais foram as mesmas depois que ela fechou as portas e partiu para a cidade maravilhosa deixando mais comuns, sem a aura de confraria, todos os leitores da cidade à beira do rio Madeira.

Sempre fui viciada em me deixar influenciar pela leitura dos meus amigos. Embora, por mais que tente, eu não consiga lembrar de quem me indicou Graciliano Ramos. Talvez ninguém. Gosto de imaginar que já o amava muito antes de amar os livros. Binho, Alberto e Manu estão presentes em muitos livros. Comecei a ler poesia por indicação do Binho, um poeta músico fascinado pelos irmãos Campos e por Arnaldo Antunes. Essa influência arrefeceu um pouco no doutorado, quando me interessei pelo oposto da poesia concreta. A poesia de Cacaso, Ana Cristina César e de Leminski ocupam, assim, também minhas prateleiras. A pouca quantidade de poetas como Pessoa, Drummond, Bandeira mostra meu certo "desgosto" pela poesia discursiva. Dostoiévski e Hilda Hilst me lembram, sobretudo, Manu, um aficcionado por esses dois escritores. E foi numa tarde quente, à beira do rio, que Beto Bertagna me falou pela primeira vez de Samuel Beckett. Depois que li sua trilogia, meu gosto literário nunca mais foi o mesmo. Nas livrarias de Paris, comprei tudo dele que encontrei. Eu passava quase todos os dias na Gibert Joseph para ver se tinha algum livro "d'occasion" de Derrida ou de Barthes. Quando não encontrava deles, comprava algum outro. A etiquetinha amarela significava, muitas vezes, o livro novinho pela metade do preço. Ou menos. Marie, minha ruiva, me disse uma vez que as etiquetas eram feias e eu devia retirá-las, mas deixei-as. Elas fazem lembrar das minhas horas em frente às prateleiras à procura delas.

Em Paris, também comecei a comprar livros de artes. Timidamente, claro, devido à grana escassa. Lembro da Adri me dizendo que as pessoas compram os livros introdutórios da Taschen e já saem arrotando conhecimento. Seu ar irônico de quem entende do babado não me deixou arrotar nada. Daí, sempre os leio com um misto de desconfiança e de deleite. Tão baratos, tão bonitos! E por toda parte das estantes, está expresso meu fascínio pela Cosacnaify - as suas edições primorosas enchem os olhos. E o atendimento personalizado me espanta desde que tentei adquirir o livro do Farnese de Andrade e, aconselhada pelo meu orientador de doutorado, pedi um desconto e recebi como resposta a mais improvável das perguntas que já li em um email: "Quanto a senhora acha que pode pagar pelo livro?" Adquiri-o com 50% de desconto.

Foi nesta época do Farnese que comecei a comprar livros sobre cinema, levada pela urgência de entender um pouco mais desta arte que me arrebatou por completo nos dias frios de Campinas e de Paris. Sinto vontade de rir quando lembro das inúmeras horas roubadas dos estudos. Até mesmo "plano de estudo" de filmes eu cheguei a fazer. Como sou dispersa, sempre me fascinou a ideia de adquirir métodos de disciplina. Desde o mestrado, costumo seguir um plano: ler 30 páginas de um livro de ficção antes de começar a estudar. Eu teria lido bem menos sem este "método". Lembro que quando li A montanha mágica estava em pleno furacão: fazia uma disciplina sobre tradução em Campinas, outra sobre música em São José do Rio Preto, escrevia dois capítulos de um livro, aprendia francês, tentava entender Derrida, seguia meu programa de filmes e viajava quase todos os fins de semana para curtir a vida cultural de Sampa... e, no entanto, seguia diariamente a estadia de Hans Castorp no sanatório onde ele chega saudável e sai morto.

Minha vida acadêmica, aliás, está muito bem representada. A cada disciplina cursada, no mínimo, uma dúzia de livros. Isso desde o mestrado - então tem a fileira estruturalista, da semiótica (todos os livros de Umberto Eco), pós-moderna... toda esta parafernália "teórica". E, claro, tem minha grande paixão: Roland Barthes. Este ocupa um lugar à parte, cercado por uma aura de divinização. Olhar para seus livros às vezes me acalma (quando estou lendo algum); às vezes me deixa nervosa (quando faz tempo que não leio nenhum).

E, por fim, espremendo prateleiras que não cabem mais nada, cheguei à constatação óbvia: só agora adquiro os teóricos nacionais. Li neste semestre boa parte da Formação da Literatura Brasileira, de Antonio Candido, que nunca tinha me interessado. E também li Revisão de Sousândrade, dos irmãos Campos, a resposta sofisticada dos esquecimentos daquele. E nunca comprei tanta ficção brasileira como agora: com o grupo de literatura contemporânea, e com o desejo de fazer pós-doc nesta área, é a vez dos escritores contemporâneos nacionais. Ainda aqui é a imagem de um amigo que aparece: as indicações do meu amigo Márcio têm sido fundamentais.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Universidade

Decepção, sim.
Mas emoção também.
Flores na despedida de turma.
E lágrimas.
Talvez seja este mesmo o caminho, embora às vezes doa.
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Uma aluna disse que não se zanga quando digo que determinado trabalho não está bom, pois meu rosto expressa uma espécie de espanto e impotência. E terminou com um: "Você se importa!".
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quarta-feira, 8 de julho de 2009

Sobre as desfuncionalidades do "lar"

Todas as vezes que a avó do Tatu vem aqui ela "descobre" algo que não combina com a curiosidade dos bebês. Daí, tenho pesadelo só de imaginar Poeminha tropeçando, agarrando, nas coisas. Por enquanto, a decisão é, quando ele começar a engatinhar, retirar apenas o que lhe causar perigo, como a enorme coruja de barro que se equilibra em cima dos livros ou os objetos quebráveis que comprei nas minhas viagens... E colocar cerragem ou algo que o valha dentro dos dois enormes vasos marajoaras. Porém, a minha ingenuidade ou a minha dureza de mãe de primeira viagem está crente de que conseguirá ensinar ao seu rebento que há coisas que ele não pode mexer. Talvez porque eu tenha ouvido a minha mãe contar a vida inteira que filho dela nunca mexeu ou porque eu mesma tenha cuidado de uma criança que nunca sequer mexeu nos gatinhos medonhos de porcelana que a mãe tem até hoje...

Olhando em volta eu busco preparar minha alma para hospedar este novo ser que, assim como se hospeda hoje na minha barriga, vai ocupar meu espaço. E eu sou avara com o espaço! Muito! é verdade que tenho aprendido a dividi-lo. Estou feliz com meu 'novo jeito'. A última vez que dividi o espaço foi traumatizante, justamente porque eu não soube respeitar os modos diferentes com que o tratávamos. Comecei a me sentir responsável por tudo e, pressionada com a escrita da tese, virei uma fiscal da limpeza. Estou disposta a não repetir o mesmo erro. Continuo me sentindo responsável, mas estou muito mais leve em relação à presença do outro. Por enquanto, está tudo na paz. E é assim que eu espero que continue quando Poeminha chegar. Eu mandei fazer prateleiras para o quarto dele, mas também dois baús coloridos para jogar todos os seus trecos. Explicando a minha irmã a função destes baús, eu dizia às gargalhadas: "Têm a função de me acalmar. Ao mesmo tempo que me preparo mentalmente para aceitar uma casa cheia de brinquedos espalhados, eu me preparo para não querer que sejam enfileirados, separados por modelo, na estante. Como sei que não suportaria a visão de caixas de papelão meio rotas e rasgadas, mandei fazer os baús!".

Quem lê, pode pensar que eu estou exagerando - que vou me acostumar naturalmente. Eu prefiro acreditar que estou apenas me prevenindo. Costumo dizer que as pessoas, em geral, têm dificuldade de mudar porque não sabem que precisam fazê-lo. Muitas relações acabam devido às pequenas batalhas diárias. Nestas batalhas, a organização da casa tem peso enorme. Geralmente, a mulher toma conta de tudo, tratando os outros como hóspedes que devem obedecer aos limites impostos por ela. Sempre achei isto um horror. Não é o fato de o homem, em geral, não estar nem aí para a arrumação da casa que ele não deva ter seus espaços, para se sentir de fato em casa. Quer coisa mais louca do que uma frase como esta: "tire o pé do sofá, senão vai sujar"? Pois nós estamos procurando um sofá beeeeeeeem confortável, que aguente nossa maneira de se sentar ou de deitar para assistir a filmes. E quando ele ficar mais ou menos feio e fedido, hora de trocar, que sofá não é feito para durar a vida toda. Tenho feito, assim, o exercício de dividir, de perguntar o que o outro quer. Quer um sofá assim e assado? Quer uma TV maior? Então tá. Eu adoro minha TV, a ponto de achar que não existe nenhum colorido mais bonito, mas se o outro quer, quem sou eu para ignorar?

Enfim, acho que não vou conseguir fugir da demarcação dos limites, mas vou alargá-los ao máximo, para que tanto Tatu quanto Poeminha saibam que o espaço é também deles. E tenho me sentido muito bem desse modo. Evidentemente, tenho inveja de quem assim é sem nenhum esforço, e não está nem aí para as desfuncionalidades do lar, mas já que não sou assim, que ao menos eu dê um jeito de não fazer vítimas.

uma vaca ou uma cabra?



Semana passada, às gargalhadas, eu saí com esta, enquanto o pai do Poeminha dizia que eu estava linda:

- Estou parecendo uma vaca! Ou melhor, estou parecendo a cabra de Picasso. Barriga enorme! Tetas enormes! Feia e sublime!

Porque não perder o humor, quando se perde a silhueta, é fundamental.
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terça-feira, 7 de julho de 2009

ossos ocos do oficio

quatro livros começados. nenhum avançando de fato. final de semestre é um estupro para todo professor que se preze. é. há muitos que não se prezam. estes devem ser mais felizes. uma ideia quase romântica me persegue: a de que posso ainda ser a diferença para quem quiser. algum aluno ou alguma aluna com vontade suficiente para ter brilho nos olhos. quantos? três ou quatro com alguma sorte. dias e dias, horas e horas, lendo textos e sentindo na carne a inutilidade do gesto. como alcançar o outro? às vezes me indigno. às vezes me envergonho com o que leio. e agora, com uma barriga de seis meses, me vem pensamentos tresloucados, do tipo: e se ao invés de entregar meu filho a um professor que não sabe fazer uma frase com sentido eu mesma o ensinasse? haha! quero voltar a quantos séculos? quando estou menos umbigo, imagino um trabalho, uma tutoria, um curso específico de produção de texto, algo como parar de ignorar que a situação não nos atinge frontalmente - 4 anos o aluno no curso de Letras e sai sem saber o que diabo é análise literária ou, pior, o que é uma frase com sujeito, predicado e verbo, e que, sei lá, não repita a mesma palavra dez vezes em cinco linhas. ninguém sai querendo estrangular a gramática, simplesmente porque não sabe o que é estrangulamento, o que é certo ou errado. faltam imaginação, audácia, relação conflituosa e bela com o mundo das letras. uma monografiazinha de final de curso, 30 páginas no máximo, pouco maior que um artigo, e na hora de orientar aquela indignação ou aquele silêncio envergonhado. o que é isto?

sim, vivendo há muito mais de um mês única e exclusivamente para a universidade e para este tipo de trabalho infame, hoje estou cansada demais. descrente demais. quero ler meus livros. beijar muito na boca com este barrigão enorme. ver meus filmes. ou simplesmente dormir até acordar sem sentir sono algum. ao invés disso, eu passo mais uma tarde, mais uma noite, corrigindo textos, escrevendo anotações e lembretes nas bordas. e o pior: no fundo, eu sei, tenho certeza, que a maioria não vai dar atenção alguma ou, na melhor das hipóteses, não vai saber o que fazer.

chega.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

pina bausch partiu

pina bausch está aqui em mim, como tudo que me atravessa de forma perfurante. passo todos os dias diante de sua imagem de braços estirados dançando uma dança que desconhecíamos até que ela nos apresentasse. ela está no meio dos meus cds, entre a música que ela amou por toda a vida, porque não se pode amar a dança sem amar também a música. ela está também no livro que se recusa ir para a estante e permanece deitado na mesinha da sala, sempre pronto para ser folheado. e está, sobretudo, em minha memória.

madruguei duas manhãs na fria paris para comprar o ingresso de bandoneon. raridade. insone, dormia sempre até mais tarde. mas a razão era compensadora. eu queria ver aquela mulher que havia me fascinado na abertura do filme fale com ela, de pedro almodovar. e que, por isso, eu havia assistido aos seus vídeos de dança um depois do outro no Pompidou. quando prorroguei minha partida sobretudo para assistir ao seu espetáculo, sequer pensei que a noite da dança também seria a noite da despedida do ano intenso. foi vendo os dançarinos de pina bausch que senti a dor intensa da saudade do que ainda tinha ali e, no entanto, já havia perdido. no thêatre de la ville, os dançarinos de bausch, indiferentes a minha dor, exasperavam a plateia com a mobilidade, a teatralidade, a visceralidade da sua dança, enquanto eu tentava recompor uma inteireza ora perdida. bandoneon cortou com navalha os meus pulsos. e depois os raios da lua refletidos no Sena queimaram minhas pupilas das muitas lágrimas.

onde estaria pina bausch além de na minha memória? foi o que nunca deixei de me perguntar até então. eu sonhava em ver ao menos mais uma de suas danças, afinal todos os anos ela tinha programação marcada na fria cidade. imaginava uma viagem que coincidisse. mas a morte é esta suspensão. este definitivo adeus.

+ Pina Bausch, uma das maiores coreógrafas de dança contemporânea, partiu aos 68 anos, no dia 30 de junho, depois de ter revolucionado o conceito de dança.