segunda-feira, 19 de outubro de 2009

confissão incômoda

Depois da leitura de Bibliomania, de Flaubert, sinto-me mais normal. Pensando bem, sinto-me mais cômoda com minha anormalidade. Há tantos zunidos no mundo - e eu me pergunto por que estou com esta vontade medonha. Deve ter sido excesso de gente. Amo, mas enjoo. E este negócio de ser mãe tem um lado complicado. Deus e o diabo querem dizer o que devo fazer. E tudo gira em torno do fato de ser mãe. Falta-me humildade para viver isso com tranquilidade. A relação com o Poeminha, linda. Quando ele chora, dá vontade de colocá-lo de volta no útero, mas não me desespero. Criança chora porque não sabe falar. Dá vontade de dizer isso a todos. Ou dá vontade de não dizer nada. Tatupai está vivenciando isto de outra maneira. Está tão feliz que quer o mundo todo perto dele. E eu, uma ostra, menos para eles dois.
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1 Palavrinhas:

Anônimo disse...

sim...ah,é bem por aí mesmo!... gosto de fazer ouvidos moucos aos aconselhamentos,ainda mais acerca
dos pormenores da maternidade, de como se portar adequadamente...blablabla...
voilà...as ostras e os impertinentes grãos de areia....