sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Para o filho



Poeminha, de um dia para o outro, você aprendeu a emitir vários novos sons, como se os estivesse guardando para soltá-los de uma só vez. Você já resmunga um "aiaiai" impressionante. E lá vamos eu e seu pai atrás de sua dor, como se ela existisse. Dois segundos depois, já não sente mais nada. É engraçado. Cada vez mais você anseia pelos nossos braços. E cada vez mais ansiamos pelos seus. E como sorri! Já gargalha "dobrado". Sua tia Maneca foi a primeira a ter o privilégio de ouvir sua gargalhada. Agora, ri, gargalha, como se não quisesse parar mais. E está mais curioso. Descobriu que não precisa mamar sofregamente. Agora, vira a cabeça, procura algo com o olhar, e leva meu bico do peito junto... e, ao fazê-lo,  uma cara de safado, como se soubesse que faz peraltices. Se seu pai fala, aí, sim, você esquece mesmo o peito e sai à procura da sua voz. E quando encontra, abre o sorrisão. Uma delícia, filho!

E que delicadeza, filho:  você descobriu que as mãos servem para segurar coisas e levá-las até à boca. Você já parece saber o que é concentração. E carinho. Às vezes, agarra meu rosto com as duas mãos, aproxima a cabeça da minha e fica ali me segurando, me "reinando", me apalpando. E eu fico como se a vida toda fosse as suas mãos.
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1 Palavrinhas:

cotidiano disse...

Oi!
Cada dia mais lindo... nós te amamos. Já virou rotina leio tudo q escreve aqui.
Bj bj.