segunda-feira, 11 de julho de 2011

Depois da FLIP, sobre a ida para a FLIP

Há uma certa histeria na FLIP, é inegável. Pude sentir bem isto quando tentei comprar os ingressos para assistir às conferências. 40 minutos depois de aberta a “bilheteria” virtual”, praticamente tudo estava esgotado, restando apenas a “Tenda do telão”.  É provável que seja um saco assistir às conferências na tal tenda, mas o fato é que, movida pela histeria, comprei vários ingressos, não só para mim, mas também para quem vai comigo.Não sei bem o que fazer com os tais ingressos, se assistirei realmente às conferências, ou se apenas perambularei por lá, fingindo ser rica (já que tudo, dizem, é o “olho da cara”) e fingindo ter lido todos aqueles escritores, embora eu não conheça a maioria.

Simbolicamente, quero que a FLIP instaure um novo tempo na minha vida. Estou decidida a me voltar cada vez mais para o ato solitário da leitura. Gesto esquisito o meu. Marcar a busca essencial da solidão no meio da multidão. Tem explicação não. Só se explica porque quero voltar, nem mesmo sei se quero ir, para pôr logo em prática minhas novas determinações.  Ser “promoter” de eventos é por demais cansativo. E é assim que me senti neste semestre que findou:  a concepção do FALE é linda, mas a sua realização é estafante e contraditória.

Então, eu vou com o espírito de reclusa, atrás da leitora que a professora universitária me tirou. 
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