segunda-feira, 15 de agosto de 2011

sp

são paulo continua a mesma com tudo aquilo que eu mais amo. eu que já não sou mais a mesma. custa-me falar algo tão lugar-comum. mas é verdade. perdi a urgência. num intervalo de três anos, descobri que posso deixar de ver tudo que esta cidade oferece. e foi sem urgência que me deixei levar pelos dias. olhei de forma displicente o guia cultural. e por isso deixei de ver uma porção de coisas. mas, claro, os anseios estavam latentes. lamentei uma e outra vez.

as pessoas. todas. o vaivém. são paulo quer ser o que ela já é: uma megalópole. que o diga a nova linha de metrô. tal e qual a de Paris - pois foi de lá que senti falta. daqueles dias. e não podia deixar de ir a Fnac e separar uma pilha de cds. sou uma senhora tão antiga, é o que sinto. diminuí a pilha ao passar no caixa e me senti tão bonita com aquelas referências todas.

eu quis dizer a ele, meu sobrinho, que aquela era a minha cidade, se assim eu pudesse. mas ele é silencioso, com aquele tédio já um velho conhecido. eu quis dizer a minha irmã como era bom vê-la ali, bicho acuado e sedento de vida. talvez tenha dito. ou talvez só tenhamos caminhado por longos caminhos. e assim os dias. nem me diga como é bom. não precisa. tudo à flor da pele. tudo vivido.
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quando fui embora, dia chuvoso depois de dias de sol, senti mesmo vontade de ir, ansiosa para reencontrar as meninas Nilza e Rô, que já estavam serelepes em Curitiba. mas senti vontade de voltar. senti mesmo.

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2 Palavrinhas:

Halem Souza disse...

Milena e suas viagens... "sou uma senhora antiga": como assim?

Um abraço.

Mácia disse...

Mana disse sim e vamos voltar em breve. bj bj.