domingo, 11 de setembro de 2011

conferenciazinha no eell

estive num encontro de estudos linguísticos e literários (eell), da unemat, em pontes e lacerda. bem aqui, pertinho. fui sozinha. ou quase sozinha. meu amigo leandro foi também. meu chefe, aliás. de departamento. quase, porque nos vimos muito pouco lá. eu mesma só desenfurnei do hotel no dia da minha conferência*. coisa esquisita é gente que tem que falar sério. fica enfurnada em hotel achando que precisa descobrir o ovo de colombo. diferente de fazer comunicação, é o que quero dizer. que é coisa de 20 minutos. ideias para uma hora e meia de palavrório chegam a dar dor de barriga. não. que isso não tenho. tenho é um coração acelerado.  tipo sair pela boca sem tempo de alcançá-lo. 

a melhor parte foi ver a marinalva e nossa tetê, minha afilhada. segunda vez que encontro mari este ano. feliz. estamos felizes, as duas. dá pra crer? tanto desassossego para encontrarmos a felicidade em dois serzinhos que berram a qualquer hora. coisas de mãe. mas o desassossego permanece. por vias mais secundárias, mas permanece. eu não nos desconheço. pelo contrário. quando nos encontramos, somos mais nós do que tudo. é porque nos misturamos. uma sabe da outra. e agora, com a distância, sabemos apenas das lindezas uma da outra. aquela vontade de ficar mais perto um pouquinho mais. 

e a conferência, foi. falei sobre a figura pública do escritor na atualidade. ou melhor, na artefatualidade e na ato-virtualidade. gostei demais. assim. gostei de fazer o texto. de fazer daquele jeito. de forma inédita::: nas manhãs. antes, chorei um pouquinho, escondida, porque não dava conta de fazer como sempre faço, nas madrugadas. angústia de ver meu ser mais ser morto de sono. fiz o texto indo contra a corrente. ou achando que estava contra a corrente. contando uns causos das minhas leituras recentes e nem tão recentes.  eu queria mesmo era ter mais tempo para formalizar b-e-m d-i-r-e-i-t-i-n-h-o o que ando pensando, lendo, tentando ler. mas o que eu queria mesmo m-e-s-m-o era um povo mais atento, mais feliz, por ouvir. e ouvindo, querer falar. hoje os cursos de letras carecem de veias. mas isso é assunto pra outra hora.

não tenho nenhum registro fotográfico. e é porque levei a máquina... fica aqui, então, no meu artefato de memória. 
.
.

* foi a linda mariana responsável pelo convite. merci!
Categories:

0 Palavrinhas: