sexta-feira, 6 de abril de 2012

estou. andei enxugando lágrimas, até que me deitei na rede branca e fiquei ali observando meu filho pular na cama como se fosse cama elástica. era tão bonito e tão despretensioso o seu gesto. vez em quando ele olhava para o quadro com vidro que tem ao lado da cama e ria alto vendo a sua imagem pular na cama como se fosse cama elástica. achei tão bonito que fui me enchendo de paz. uma paz leve. como nuvem branca que se desloca do céu. me veio a ideia dos "pecadinhos". e eu que não sou religiosa, não tive medo algum. não fui eu que os cometi. agora, embora ande pelos corredores com o peso da dor, quase rio desta dor. ainda não. mas quase. se fiquei nua ali, no meio daquela cena crua, foi a nudez sem pudor. não era minha vergonha que deveria ser escondida. nunca tive medo da escrita. nem da leitura. nem de estar em carne viva. nem de derrida tive medo. só um respeito feliz por tudo que ele me ensinou. cheguei em casa e contei para aquele que me falou de derrida. e aguardei sua opinião. e quando ela veio, tive certeza de que era de paz que eu deveria me completar. de paz e das certezas silenciosas que um dia me levarão para bem longe.

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